sábado, 1 de janeiro de 2011

Ando vendo as coisas de outro jeito

Vivo intensamente todas as minhas emoções.
Acusam-me de ser demasiada passional, dizem que sofro demais... Realmente. Sofro bem mais que os outros. E acho um preço justo a ser pago por quem tem o privilégio de desfrutar também em totalidade da alegria, quando essa lhe bate a porta.
De todos os erros que já cometi, só me arrependo daqueles que não compensaram o deslize.
Aquele que for capaz de renunciar um desejo, verdadeiramente sente apenas uma medíocre vontade.
Se soubermos relevar, renascer, sem ódios, sem rancores, teremos certeza de que não foi agreste a nossa aposta. Muitas vezes é deixando as bagagens pela estrada que tornamos nossa caminha mais leve. As vezes é preciso aprender a abandonar, perder, para então ganhar.
O mais difícil na convivência humana, é que muitas vezes não estamos dispostos a nos calar, e menos dispostos ainda estão os outros a nos ouvir  ainda mais quando se tratam de verdades.
A convivência com semelhantes é demasiadamente tediosa. Tem que haver diferenças, mas na medida que despertem admiração e até mesmo espanto, jamais a perigosa fúria ou a humilhante piedade.
A sabedoria plena consiste em subir infinitos degraus. Os dois primeiros que almejo são os degraus do silêncio e o da prudência. O do silêncio para resguardar os sentimentos e pensamentos que não pretendo (ainda que por hora) com partilhar com terceiros. E o da prudência para transformar o desconhecido em (quase) previsível e as ações em atitudes ao invés de rompantes. Quando me vejo tão distante de alcançar esses degraus, o que me consola em minha tolice emocional, é a convicção de que posso não ter (de fato) começado a percorrer essa vereda rumo a sabedoria, mas reconheço-a. E as mudanças são estabelecidas basicamente em três etapas: reconhecimento de sua necessidade, desejo de transformação e ação. Visto isso, só me falta o terceiro (e mais difícil) passo.”

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